“há em todas as coisas má
uma essência de bem para os homens que saibam destilá-la.”
shakespeares, henrique v
pirata
é uma pessoa inquieta, descontente. a sociedade, a política, as
artes, os deuses lhe consentem um espaço repugnante, constrangedor.
serve-os por um breve tempo, apercebe-se da jogatina servil e logo
diz “pra mim, chega!” e se volta contra todo realismo
conformista, mais ainda, recusa-se à servidão voluntária. junta as
suas melhores coisas e parte, apropriando-se de seus sonhos mais
libertários e…
...lança-se
fora do lugar! se põe distopicamente rumo a uma utopia, ao menos. a
no caso, que vos relato nesta garrafa lançada ao mar de zeros e uns,
é a que chamo de “pirataria libertária”!
pirataria
libertária é a impossibilidade da apropriação exclusiva – toda
propriedade intelectual é um roubo! é o ato de criar, copiar,
distribuir e transformar livremente as obras – queremos um mundo
onde caibam todos os mundos remixados! não há respeito algum pelos
direitos de autoria – sejamos mais criativxs! é distribuição de
criação, esta cujas as fontes estão plenamente abertas, para fins
de distribuição de renda – a conquista do pão e circo! não é
uma licença tipo “creative commons”; é um não pedir licença,
tal qual a ética hacker de camelôs.